abraça-me
e de abrupto
um beijo
e espanta-me afogueada a face
aflora-me quase profano
teu nome
que transborda-me em sílabas salivas
ah,
pecado e deleite
perdão e lascívia
tanto me entrega
diz de mim a mim
ao tom de uma voz
que desconheço e sei
tendo-te em meus lábios assim
e
talvez
medo seja
de perder-me
na absurda densidade tua
que baixinho me leva
e desvanece-me
nessas horas perdidas
entre abismo e absinto
no azul de teus abraços
fragmento-me
entre abismo e absinto
no azul de teus abraços
fragmento-me
e
já sem medo
agarro-me a ti
entre as unhas sinto
os soluços d’alma tua
e da tenra maçã
que de metamorfose
oferta-se e seduz
mordo e deleito-me
em doce e liquefeito beijo.
encontro-me enfim.
já sem medo
agarro-me a ti
entre as unhas sinto
os soluços d’alma tua
e da tenra maçã
que de metamorfose
oferta-se e seduz
mordo e deleito-me
em doce e liquefeito beijo.
encontro-me enfim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário