Escrevo como quem tem febre, como quem ri, como
quem chora;
Escrevo como quem tem fome, tem sede, como quem
chega e também vai se embora;
Escrevo como quem espera, como quem corre, como
quem cora, como quem tem vergonha, gagueja, gargalha e se atrapalha.
Escrevo como quem tem sono, tem sonhos, tem
lágrimas e nunca teve catapora.
Escrevo como quem pede, manda e também implora.
Escrevo como quem tem pena,
tem orgulho, tem medo, tem raiva, e também amor que dilacera;
Escrevo bem, escrevo mal, escrevo a qualquer hora e
até mesmo quando me faltam acentos, vírgulas e palavras.
Escrevo com dor na garganta, com sono, com
preguiça, com vontade, com mentiras e verdades.
Escrevo até quando não escrevo, como quem descobre
reticências pela vida afora...
E quando vejo, escrevo enfim porque já me resta
outra opção além de escrever escrever e escrever... deve ser porque quando
escrevo, eu posso ser.
Tânia Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário