Nova chance - miniconto

Miniconto de Tânia Souza

     Ainda não havia se acostumado, quem se acostumaria? Mas estava na solidão. Em dias frios ou noites quentes, mesmo quando havia fome, frio ou sede, jurava a si mesmo que em seu pequeno coração nunca mais haveria espaço para o amor. 
     Porém, um dia, a menina se ajoelhou ao seu lado, tocou o pelo ralo com carinho e lhe sorriu.
       Não resistiu.
       Abanou o rabinho e, inundado de amor, seguiu-a feliz ao seu novo lar.
       Coisa intrínseca a sua natureza, o amar. 


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