e em luares solitários os tédios se neblinam
e do nada assopram-se movimentações
e das colchas enroladas coxas arredondadas
despertam-se emoções e serenas elas vão
tendem-se preguiçosas e passeiam curiosas
em descendente excursão
serenas elas vão
são sendas suaves, atrevidas e macias
ah! lenta letargia
sedentas, ardendo incandescências
de caminhos suspirais
são serpentícas
em planos desvelando-se
em relevos demorando-se
e das sementes
pequenino botão tímido
tremulando sensações
da semente deslumbre a flor que enfim surge
em seda orvalhando-se e liqüifazendo-se ilusões
são suspiros
são sussurros
são murmúrios
estremecimentos são
ah! lascivas estações
deslumbrando-se ao luar
uma noite em brisa, algo cálida e menina
testemunha atrevida a percorrente explosão
e as sombras das cortinas em azulêncios noturnais
aconchegam sonhos de viagens surreais
Nenhum comentário:
Postar um comentário