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Foto - Tânia Souza |
Uma palavra
Por Tânia Souza
Minha dor é invisível e se alimenta de sorrisos e palavras
Minha dor percebe os tempos estilhaçados de amor e empatia
E já despenteada e desapontada entrecortada/entrelaçada
Minha dor percebe os tempos estilhaçados de amor e empatia
E já despenteada e desapontada entrecortada/entrelaçada
com dores mais antigas, mais internas:
Dor /amor de ser mulher.
Na minha dor há dessas dores
durante o dia dão bom-dia
comem e dançam
e tão antigas se fazem tatuagem
(sabem até sorrir)
Mas quando a noite chega
o silêncio destas costuras se desfaz
laços linhas pontos que se encontram
e já não posso dormir
O que há com as pessoas?
O que há de intolerância e tristeza se debulhando nas palavras
e de repente estranheza e solidão
Acolhi em meus braços a minha dor
e lhe dei o aconchego que no momento eu consegui
Na minha dor pousou uma palavra
A minha dor se fez semente
pressentiu alguma força, algum amor
Minha dor se olhou no espelho de uma outra
e outra
e outra dor
Na minha dor brotou uma palavra
Porque a minha dor é também a nossa voz
e ainda que de dor
é voz que fala
é voz que não se cala
Da minha dor nasce uma palavra
Dor /amor de ser mulher.
Na minha dor há dessas dores
durante o dia dão bom-dia
comem e dançam
e tão antigas se fazem tatuagem
(sabem até sorrir)
Mas quando a noite chega
o silêncio destas costuras se desfaz
laços linhas pontos que se encontram
e já não posso dormir
O que há com as pessoas?
O que há de intolerância e tristeza se debulhando nas palavras
e de repente estranheza e solidão
Acolhi em meus braços a minha dor
e lhe dei o aconchego que no momento eu consegui
Na minha dor pousou uma palavra
A minha dor se fez semente
pressentiu alguma força, algum amor
Minha dor se olhou no espelho de uma outra
e outra
e outra dor
Na minha dor brotou uma palavra
Porque a minha dor é também a nossa voz
e ainda que de dor
é voz que fala
é voz que não se cala
Da minha dor nasce uma palavra
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